O primeiro livro que li do Jo Soares foi O Xangô de Baker Street. Ri e gostei tanto que a três anos - ou seja, varios anos depois - comprei um segundo exemplar em um café em Guararema. O primeiro foi um daqueles empréstimos de livros sem volta, que nem lembramos quem é o novo proprietário.
Após o Xangô, li ainda os outros dois romances do autor, O Homem que Matou Getúlio Vargas e Assassinatos na Academia Brasileira de Letras - todos editados pela Cia. das Letras.
As Esganadas logo no inicio me pareceu uma mistura do Xangô com o Assassinatos na Academia. Os elementos que deram certo nas histórias anteriores, estavam lá novamente: o detetive português, o delegado que precisa de ajuda e uma mulher avançada para época que completa o triângulo, contra um serial killer na Rio de Janeiro do início do século passado. E este pano de fundo histórico é para mim o maior mérito do autor. Consegue através de detalhes da narrativa mostra a mudança de hábitos e lugares no tempo.
Mas este livro tem uma diferença na narrativa. Logo no início é revelado o assassino, o motivo e o método. Cabe ao leitor acompanhar a resolução dos crimes, já sabendo o culpado. Acho que foi isso que me incomodou no livro. Sempre gostei de descobrir o assassino antes do mesmo ser revelado e não tive a menor chance. Mas vale a leitura, só que sem grandes expectativas!
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